quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A normalidade é um ponto reto

Poros pútridos, cansados!
Servidão! Servidão! Servidão!
A cegueira já ultrapassou o limite
Carne, osso e submissão

Deve existir um lado pra correr
algum caminho a escolher
deve existir uma maneira
pra deixar de sub-viver

Ou então devo ter surtado
ou talvez eu não tenha senso
não tem que fazer sentido
só estou cansado de sentir medo

Correndo continuo,
atirando para todos os lados
A normalidade é um ponto reto
me sinto um retardado

Mesmo assim, sinto liberdade
minha mente continua solta
somos o que queremos ser
ainda
que pese as nossas escolhas

sábado, 14 de agosto de 2010

Ampulheta

E vai passando, vai...
Passam as latas
Passam as bitucas
Continua a passar

Sente-se a caixa rufar
A carência da brisa leve
E o tic-tac na cabeça
Continua a te regular